CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Vasco Novais Branco
Presidente
Actividade Profissional
Inicia a sua actividade profissional ainda estudante universitário em 1969, colaborando com a Secretaria de Estado da Informação e Turismo, na primeira inventariação das necessidades de investimento turístico no País.
A convite do então “controller” da ITT em Portugal estagia entre 1972 e 1973, no Departamento Administrativo e Financeiro da Imprimarte – Páginas Amarelas empresa subsidiária da ITT Europa.
Segue-se a colaboração no Departamento Financeiro da Cetesa, empresa associada com os CTT e a Telefónica Espanhola, com o objectivo de se proceder á montagem e distribuição de publicidade na estrutura lateral das antigas cabines telefónicas.
Em 1974 na Centrel, empresa de fabricação de material eléctrico e electrónico, inicia efectivamente a sua carreira profissional, primeiro como Director Financeiro e posteriormente como Administrador, com o pelouro Administrativo e Financeiro.
Aqui passa os anos conturbados da Revolução de Abril, inserido numa equipa muito jovem e altamente motivada, onde se sentem as dificuldades duma empresa com vontade e meios para crescer, limitada pela burocracia criada pela legislação anterior ao 25 de Abril, a denominada lei do condicionamento industrial, que dificultava e em muitos casos impedia o aparecimento de empresas concorrentes a multinacionais e outras empresas já estabelecidas.
A esta situação há que adicionar o facto da Centrel se localizar na chamada Cintura Industrial de Lisboa, o que em termos laborais em conjugação com a conjuntura económica da época, aumentava as dificuldades, nomeadamente financeiras.
Em virtude do elevado potencial de crescimento, principalmente no mercado das Forças Armadas, essas dificuldades tinham que ser torneadas e com alguma imaginação, resolvidas. A experiencia aqui vivida foi fundamental na sua futura actividade profissional.
Colaborou entretanto com a empresa Turmar, sociedade detida pela família Champalimaud e proprietária da Quinta da Marinha em Cascais, onde exerceu o cargo de Administrador, conjuntamente com Henrique Champalimaud, Presidente e Carlos Simões de Almeida, Administrador Delegado.
Apesar de todos os condicionalismos não só das entidades oficiais mas também das dificuldades de entendimento entre os sócios, foi durante o período da sua gestão que se obtiveram os consensos familiares e as aprovações legais necessárias, para a cisão da Turmar em quatro novas sociedades com a respectiva divisão patrimonial, as quais deram origem aos actuais empreendimentos de sucesso, inseridos na designada Quinta da Marinha.
Em 1978 inicia a sua colaboração como Assessor da Administração da Empresa Turística de Vale do Lobo no Algarve, onde obtém uma experiência única na gestão de condomínios e “resorts” turísticos e residenciais.
A empresa está em franco desenvolvimento turístico e imobiliário sendo a sua dinâmica de crescimento, notória. A obtenção dos licenciamentos necessários à sua expansão, bem como a montagem das operações conducentes ao seu financiamento, fez parte do seu programa de acção.
Aliado a essas funções colabora em estreita ligação com a Administração, na gestão global de todo o empreendimento.
A convite do Presidente do Conselho de Administração do Banco Português do Atlântico, Eng. Jorge Jardim Gonçalves, regressa a Lisboa onde, a partir de Março de 1980 passa a exercer as funções de Assessor de Administração da sociedade Conselho, empresa detida a 100% pelo BPA, com a função de apoiar e controlar a gestão das empresas participadas pelo Banco.
Neste sentido exerce entre outras a administração da Comportel, empresa fabricante e montadora de elevadores, bem como a gestão da SPOC, empresa de construção com grande actividade na zona do Lumiar em Lisboa, Oeiras e Loures, onde obtém uma grande experiência no sector imobiliário, experiência essa que lhe vem a ser muito útil posteriormente.
Em 1982 assume, primeiro em representação do BPA e posteriormente a título individual, a Administração do SPC-Serviço Português de Contentores, sociedade com grande prestígio e uma enorme implantação no Porto de Lisboa como estivadora e de armazenamento e controlo fiscal aduaneiro de mercadorias, estendendo a sua actividade ao Porto, Figueira da Foz e Setúbal, bem como através de concessão da ANA, aos aeroportos de Faro, Lisboa e Porto.
Esta Sociedade detida pelo BPA e pelos maiores agentes de navegação a operarem no País, teve o seu mais elevado nível de investimento, expansão e de melhores resultados económicos durante o período da sua gestão, cujo mandato durou até 1989.
Com a assessoria do MDM – Sociedade de Investimentos SA, liderou a equipa que em 1987 promoveu com sucesso a entrada em Bolsa da empresa, através duma OPV – Oferta Publica de Venda.
Ainda em 1982 é nomeado Administrador da Planal, empresa sediada no Algarve e proprietária do empreendimento Quinta do Lago. Esta empresa tinha sido recentemente desintervencionada e entregue pelo Estado a gestão, ao seu accionista maioritário André Jordan.
Nessa época, o nível de endividamento herdado para com a Banca em geral e para com o BPA em particular, obrigava a um controlo e gestão financeira adequado á situação.
Neste sentido liderou a equipa que teve como missão a assinatura com o Estado (Parempresa), dum Contrato de Viabilização que possibilitou a existência dum plano económico e financeiro de recuperação do empreendimento.
Com efeito a Quinta do Lago com uma área de cerca de 700 hectares, tinha um potencial de enorme desenvolvimento turístico. A intervenção estatal ocorrida em 1975 e a situação politica em Portugal nos anos subsequentes, fez com que a empresa tivesse estagnado. A escassez de capitais próprios tornava problemática a sua evolução financeira.
O esforço de recuperação física do empreendimento, aliado a uma estratégia de marketing muito agressiva e a investimentos de vulto, principalmente nas infra-estruturas e na revitalização dos seus três Campos de Golfe, fez com que em 5 anos a empresa tivesse renovado a sua imagem, tendo sido transaccionada em 1987, cumprindo os objectivos e compromissos de total liquidação do seu passivo e valorização dos seus activos.
A Quinta do Lago é hoje justamente considerada como um dos mais categorizados “Resorts” turísticos do mundo e os seus Campos de Golfe dos mais afamados internacionalmente.
Em consequência da venda da Planal a um grupo inglês de “Real Estate” em 1987, foi convidado por André Jordan, para com ele se associar, na criação da Invesplano, empresa de promoção imobiliária que esteve na origem da concretização de vários projectos imobiliários. Entre estes, destacam-se pela sua dimensão, a aquisição do terreno, elaboração do projecto e licenciamento do Edifício Embaixador na Av. Infante Santo em Lisboa e em associação com a empresa inglesa Bovis International Ltd, a aquisição e criação do resort na Praia da Luz – Lagos, denominado de Quinta da Boavista.
Foi também em associação com André Jordan que em 1988 fundam a Planbelas, proprietária do empreendimento denominado por Belas Clube de Campo. Foi este o seu mais importante investimento, sob o ponto de vista estratégico e financeiro, efectuado nessa época.
Com efeito o “know-how” obtido na Quinta do Lago não só nos aspectos técnicos, financeiros e comerciais mas também na experiência de gestão de comunidades, conduziram a que fosse adquirido um terreno de rara beleza com cerca de 470 hectares em Belas a 20 Kms de Lisboa, onde se projectou e desenvolveu o Belas Clube de Campo.
Além do seu envolvimento pessoal na estrutura de capital da empresa, participou activamente na concepção e criação do “Master Plan” do empreendimento, desde a gestão dos diferentes projectos, negociação das aprovações legais e emissão dos respectivos alvarás, até ao desenrolar das obras de infra-estruturas e construção do campo de Golfe.
Seguiram-se 17 anos dedicados á gestão global dum projecto altamente premiado e de primeira qualidade, às portas de Lisboa.
O Belas Clube de Campo é hoje uma realidade, onde apesar da sua baixa densidade habitacional, vivem mais de 1000 famílias numa urbanização cujos terrenos em forma de concha lhe dão um belo enquadramento paisagístico, constituída essencialmente por enormes espaços verdes e com amplas vistas para um Campo de Golfe de reconhecida qualidade e beleza desenhado pelo talentoso arquitecto americano Rocky Roquemore.
Em 1994 regressou á Quinta do Lago através da aquisição em associação com André Jordan, do Aldeamento Vilar do Golfe, empreendimento com cerca de 30 hectares e 180 moradias, das quais 90 disponíveis para venda e do terreno para a construção do condomínio privado Monte da Quinta.
Ambos os empreendimentos, após profundos investimentos na recuperação das infra-estruturas, na concepção, elaboração e aprovação dos projectos de urbanização, foram vendidos em 1999 e 2000 respectivamente.
Em finais de 1995, adquire ao Banco Comercial Português em conjunto com André Jordan, a posição accionista maioritária da Cofipsa, que por sua vez detinha o controlo accionista da Lusotur SA, proprietária do empreendimento Vilamoura.
Na operação financeira resultante desta operação o Banco Português do Atlântico fica a deter uma posição minoritária do seu capital. Esta posição será mais tarde, ano 2000, adquirida pelos accionistas maioritários numa operação que envolveu uma OPA – Oferta Publica de Aquisição, pela qual o “free float” foi igualmente adquirido.
Com o domínio, em conjunto com André Jordan da totalidade do Capital, passou a exercer o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração de todo o grupo de empresas a que se convencionou chamar de Grupo Jordan.
O principal objectivo era a recuperação e revitalização do empreendimento turístico e residencial de Vilamoura. Com 1.800 hectares, dos quais 900.000 mtrs2 destinados à construção, 10.000 fogos construídos, uma Marina para 1.000 embarcações, 3 campos de golfe, 300 negócios a operarem na sua envolvente, entre lojas, restaurantes, bares, hotéis, casino, 6.000 habitantes permanentes – reunia condições únicas para a concretização duma Cidade Modelo.
Em 9 anos de gestão todos os objectivos foram atingidos, nomeadamente a aprovação do Plano de Urbanização, o estabelecimento dum programa de revitalização urbana, a recuperação duma imagem a nível nacional e internacional de grande qualidade, a recuperação física dos já existentes 3 Campos de Golfe e construção de mais 2 de grande prestígio, um deles o Victoria Clube de Golfe, projectado pelo famoso arquitecto americano Arnold Palmer, onde em Novembro de 2005 se realizou a World Cup.
Paralelamente a preservação do meio ambiente deu origem ao reconhecimento e atribuição de vários prémios internacionais.
Todo este trabalho de gestão enriqueceu o empreendimento com a consequente valorização do Grupo.
Em Janeiro de 2005 foi a Lusotur SA vendida á Prasa, grande empresa imobiliária e de construção espanhola com sede em Córdova.
Em Maio de 2005 após acordo com o seu socio André Jordan para a aquisição da sua posição accionista na holding do Grupo Planfipsa, passou a dedicar-se em exclusividade à sua empresa Manobra SGPS, a qual detém participações no Capital Social de várias empresas que operam principalmente na área imobiliária gerindo o seu património pessoal.
Destas empresas tem especial relevância a Nobrimo e a Netherton que gerem toda a operação imobiliária e turística em Lisboa e no Algarve respectivamente e a Branimo que manteve até Dezembro de 2008 em associação com o Banco Millennium BCP, operações imobiliárias no território nacional.
Na Polónia, associado com a Plantetra e com um sócio local, constituiu em 2006 a Imopol, empresa sediada em Cracóvia e que gere a actividade imobiliária na Polónia. Por interesses estratégicos e de oportunidade de negócio, a sua participação nesta empresa foi vendida em 2008.
Em Junho de 2007, através da Manobra, participa na fundação da empresa de capital de risco Naves SCR SA, da qual é nomeado Administrador. Tendo exercido até Julho de 2015 as funções de Presidente do Conselho de Administração.
Esta Sociedade constituída com um capital inicial de 850.000 euros, originário de empresas e particulares, teve a sua actividade aprovada pela CMVM em Dezembro de 2007, iniciando de imediato o seu primeiro “negócio” com a participação no capital da Energia Própria SGPS SA, da qual foi também nomeado Administrador.
Em Março de 2012 após participação da Naves SCR SA no capital da Hope Care SA é também nomeado seu Administrador.
Entre 2015 e 2017 através da Nobrimo, recuperou integralmente, mantendo a fachada, um edifício do seu portfólio, de traça apalaçada e pombalina, constituído por 7 fogos de grande qualidade, com uma área global na ordem dos 2500 m2, localizado na Lapa em Lisboa, destinado ao arrendamento.
Ao longo dos anos fez parte dos Órgãos Sociais de diferentes empresas entre as quais se destacam as Presidências do Conselho Fiscal da TV Cabo, dos Tractores de Portugal e do Clube Porsche Portugal.
Formação Académica e Cultural
Após se ter licenciado em Finanças pelo ISE /ISCEF - Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, participou em vários cursos de formação específica, nas áreas em que ia desenvolvendo a sua actividade.
Por ser uma temática que desde a Faculdade sempre o interessou, frequentou em 1981 o curso de Foreign Exchange, em Zurich.
Posteriormente em 1984, já com mais de 10 anos de experiência profissional frequentou o V PADE – Programa de Alta Direcção de Empresa, ministrado pela AESE (Associação de Estudos Superiores de Empresa).
Este curso, de prestígio internacional e que se baseia no “Método do Caso”, está enquadrado e em estreita ligação com o IESE de Barcelona e com a Universidade de Navarra.
Em 2005/2006 frequentou o curso de Auditor de Defesa Nacional ministrado pelo IDN – Instituto de Defesa Nacional. Este curso, com a duração dum ano escolar, é frequentado por “cidadãos portugueses que integram os quadros superiores e dirigentes da Administração Pública e da Sociedade Civil, ou outras personalidades de reconhecido mérito”.
Destina-se a sensibilizar os participantes - designados por Auditores, para as grandes questões da Segurança e Defesa Nacional enquanto actividade multidisciplinar e interdepartamental, proporcionando uma ampla informação sobre assuntos de Defesa e o contacto com aspectos relevantes da realidade Nacional e Internacional.
Concluiu em 2012 no ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão uma Pós-Graduação - Golden Master, “curso destinado a quem ao longo da vida, pela sua qualificação, desenvolveu uma actividade profissional intensa e rica de experiências”.
Trabalhos e Publicações
Apresentou em 2006 no âmbito do Curso de Auditor de Defesa Nacional, um trabalho com o título “Turismo como Factor Estratégico de Defesa Nacional”.
Colaborou com o boletim “Cidadania e Defesa“ da Associação A.C.D.N.